Bonito, não foi, nem fácil. Mas o Brasil fez o mínimo e venceu a Coreia do Norte na estreia da Copa por 2 a 1, com gols de Maicon e Elano, com Yun Nam descontando.

Amigos, eu bem que gostaria de ter escrito esse post antes, mas não é todo dia que tem jogo do Brasil numa Copa do Mundo, e o nosso dia ontem foi corrido demais. Primeiro, a dificuldade pra entrar no estádio. Como vocês sabem, nossa delegação sofre de severas restrições orçamentárias. Além disso, ao contrário dos nossos coleguinhas, não temos credencial para nenhum evento e temos que entrar nos locais no peito e na raça. Os seguranças não acreditaram que nós éramos jornalistas e só conseguimos entrar quando dissemos que íamos trabalhar na zona mista para entrevistas do estádio. Quando os seguranças olharam para Dany Fikkada não tiveram nenhuma dúvida que ela realmente trabalha em zona.

Dentro do estádio, muita coisa chamando atenção, mas nada como as já famosas roupas do Dunga. Dessa vez o estiloso treinador foi com um sobretudo azul marinho com uma blusa de gola rolê que o fez ficar parecido com o Capitão Horatio McCallister dos Simpsons:

Outra coisa que merece ser comentada foi o choro do atacante norte-coreano Jong Tae-se, conhecido como o "Rooney asiático", na hora do hino. E se a gente sofre de impiedosas restrições orçamentárias, compensamos com muito talento. Afinal, leitura labial todo jornalista faz. Quero ver fazer leitura de pensamento. Sim, amigos, com exclusividade o Blog do UH traz a você, não só uma, mas várias leituras do pensamento de Jong Tae-se:




Como o consumo de bebidas alcóolicas está liberado nos estádios da Copa, quando começou o jogo a gente já tava chamando o Eto'o de meu lôro e não conseguimos ver muita coisa do jogo. Graças a Deus, porque a partida foi uma pelada. No primeiro tempo a Coreia do Norte colocou 11 ogivas nucleares na defesa e não deu espaços para a seleção canarinho, que se limitou a ficar tocando a bola sem arriscar.
A Coreia do Norte, além de ser uma favela da zona oeste do Rio, também é um dos países mais fechadinhos do mundo. Ninguém sabe nada do que acontece no país, devido ao regime ultra-totalitarista de seu líder, o nanico Kim Jong-il que controla com mão-de-ferro o povo norte-coreano. Os japas não conseguem sair do país e vivem sob uma repressão violenta, que inclui campos de concentração para presos políticos e censura à imprensa, coisa com a qual eu concordo, porque tem muito engraçadinho falando muita merda por aí em blogs na internet. A censura é tão grande que o jogo só foi transmitido hoje no país. Além disso, Kim Jong-il desafia o mundo com seu programa nuclear, ameaçando constantemente a paz.
Pela falta de informação, ninguém sabia como jogavam ou mesmo como eram os jogadores da Coreia do Norte. Aliás, nem os próprios norte-coreanos sabem quem são eles, já que qualquer um que colocar o uniforme da seleção é confundido com um atleta. O Brasil parece que não esperava a retranca dos chinas e, ao contrário dos namorados de Dany Fikkada, teve muita dificuldade para furá-la. Com Kaká e Luís Fabiano muito ruins, sobrou para Robinho e Elano fazerem a diferença. No final, uma desatenção da zaga e o atacante Yun Nam marcou o gol de honra e f@#%*udeu com meu bolão.

Terminada a partida, nossa delegação se preparou para a festa de comemoração. Armando Pinto tomou três smurfs, Dany Fikkada já foi passando o hipoglós para as futuras assaduras e eu já tinha encomendado umas piranhas holandesas e dinamarquesas (já que não é muito salubre encomendar piranhas africanas) quando ficamos sabendo que o Dunga proibiu qualquer tipo de suruba na concentração, inclusive as solitárias. Ah que saudades de 2006... A gente tava crente que ia se divertir, mas como os crentes Jorginho e Kaká têm muita influência no time, ficamos só na vontade.
A bebedeira acabou, mas ficou a ressaca, o que impossibilitou escrever o Blog antes. Mas ainda hoje voltamos a nossa programação normal.