13 de outubro de 2010

Onde os fracos não têm vez

Taí, né, senhores. Primeiramente, uma boa tarde, desculpa incomodar o silêncio da sua leitura, mas é que o blogueiro vem trazendo a grande novidade. É o UH, que disputou no domingo seu primeiro campeonato oficial. Em qualquer papelaria, lojas Americanas, ou campinho de pelada por aí, você encontra times que ganham da gente de 14, 18, até de 22 a 0, mas hoje, o blogueiro traz pra você a promoção: vai levar só de 3 a 1 e ainda vai sair satisfeito! É o passatempo de sua leitura, a alegria das crianças! Foi assim, tal qual um camelô invadindo o ônibus, que o UH invadiu o 5° Campeonato de Pelada do Extra, e botou pra sempre seu nome na história dos campeonatos do Rio de Janeiro.

O dia mais importante da história do Universidad Histórica começou animador. Seguindo o exemplo da vitória sobre o Tigres da Serra, o clube optou por fazer uma concentração no Nova América antes de seguir para o jogo. A equipe recebeu telefonemas de torcedores ilustres como Bethânia e Vini, que mandaram boas vibrações ao time. E sob o comando da comissão técnica formada por Cosme e Paulo, o Universidad partiu para o Mundo da Bola, com a missão de conquistar o mundo.

A chegada já foi intimidadora. Na entrada do estádio, um ônibus do Transporte São Silvestre mostrava que o adversário do UH não vinha pra brincadeira. Mas os atletas-putões mostraram que o foco estava no jogo e não se importam com essas questões extra-campo. Aliás, o estádio do Mundo da Bola nem permitia que fosse de outra forma, já que suas instalações propiciavam um clima agradável que logo a torcida do UH transformaria em caldeirão.

Times a postos, começa a peleja. As duas equipes começaram confusas, com uma quantidade enorme de chutões, passes errados e lances bisonhos. A defesa do UH se enrolava, o TSS não se encontrava e o jogo ficou feio. Pelo lado do Universidad, o meio-campo não conseguia fazer a ligação com Renato Doroteia, muito isolado na frente. A zaga se enrolava em lances bobos. E num desses lances, Renato errou um lançamento e algum cobrador ou motorista ou despachante aproveitou o vacilo e marcou.


Em desvantagem no placar, aumentou o nervosimo do Universidad. Após mais uma confusão na defesa, o TSS aproveitou e ampliou. Mesmo assim, o resultado não retratava o que acontecia em campo, já que o TSS também mostrava nervosismo e desorganização. Na base do chutão e da bola lançada para o nada, o feio primeiro tempo termina com 2 a 0 para o TSS.


A conversa no vestiário, no intervalo para o segundo tempo, parecia que ia dar certo. O time entrou mais organizado, com os jogadores mais bem posicionados. E com o TSS jogando com mais calma, com o resultado a seu favor, o jogo subiu de produção. Mas quando se achava que o UH iniciaria sua reação, Celso e Phillipe se enrolam e, mais uma vez graças a uma falha da defesa, o TSS faz o terceiro.

A partir daí, o que se viu foi o UH tentando chegar no desespero ao gol e o TSS tocando a bola, fazendo o tempo passar. Ainda assim, o meio-campo do UH passou a trabalhar mais a bola, ainda que a marcação dura do TSS não permitisse o toque de bola putão. Mas, na base da raça, o Universidad conseguiu o seu gol de honra, com Celso.



Fim do jogo, UH 1 x 3 TSS. No fim das contas, um resultado considerado por todos como bom, diante das desanimadoras perspectivas pelos últimos jogos. Para os que torciam contra e imaginavam que o Universidad levaria uma goleada, uma bela surpresa. Para os que não puderam ir, perderam uma boa oportunidade de presenciarem o espírito putão em campo. E para a torcida e os atletas, ficou a certeza que hoje o UH é muito melhor do que era ontem, e muito pior do que será amanhã.






Universidad Histórica 1 x 3 Transporte São Silvestre
Gol: Celso


Notas

Bernard - O melhor em campo. Fez belíssimas defesas e evitou que o placar fosse maior para o TSS. Nota 8,5

Leandro - Pra quem achava que entregaria o jogo, não comprometeu, fazendo o básico. Jogou muito pouco tempo. Nota 5

Phillipe - Substituiu Leandro, mas deixou várias brechas na defesa quando subia por ataque e não voltava. Falhou no terceiro gol. Nota 4,5

Eduardo - Fazendo o feijão-com-arroz, ficou na média. Nota 5

Renato - Errou o passe no primeiro gol. Saiu após levar um cartão amarelo. Nota 4

Mário - Entrou no lugar de Renato e melhorou a defesa, mas não arriscou chutes de fora da área, uma de suas qualidades, quando apoiava o ataque. Nota 6

Roberto - Dessa vez, foi bem fraco, lento e disperso. Nota 4,5

Celso - Na zaga se enrolou com Phillipe no terceiro gol. Quando passou para o meio, foi mais produtivo, tabelando com Luciano e chegando a marcar o único gol do time. Nota 7,5

Luciano - Sofreu no primeiro tempo por receber muito poucas bolas. Quando o time se organizou, conseguiu produzir mais. Nota 7

Fábio Bolt - Sua velocidade não foi produtiva por também receber poucas bolas, mas não se omitiu e partiu pra cima. Nota 7,5

Thiago - Substitui Fábio, liberando Celso para o meio. Não marcou tanto, mas salvou um gol certo sem goleiro. Nota 6

Renato Doroteia - Isolado no ataque, só recebia as bolas lançadas pelo goleiro. Dessa vez, prender demais a bola mais atrapalhou que ajudou e também não usou o chute forte a seu favor. Nota 6,5


Post-scroptum

Como vocês podem ver, voltei às minhas atividades aqui no Blog. Conversei com minha família e decidi que não são briguinhas políticas que farão eu me afastar do UH. Voltei e agora pra ficar. E pra deixar bem claro, minha volta não tem nada a ver com a promessa de Bob Jef de um cargo de assessoria no Senado Federal.

4 comentários:

  1. Uagatianos, é muito bom saber que todos mantiveram a postura putona durante todo o jogo, sem amarelar, o que foi refletido no placar final da partida, nada dilatado.
    Pela descrição passada pelo Thiagão, eu apenas lamento a manutenção de uma aparente irresponsabilidade acerca da real função de cada um em campo, o que gera o abandono das respectivas posições estabelecidas para se atrever em outras.
    Enfim, o que, ao longe, posso concluir com o embate é que, com a conscientização e a integral entrega fatídica de todos no cumprimento do que é determinado, nós podemos, sim, alçar voos mais altos, alcançando, assim, o devido posto pelo U.H. merecido: o de vencedor não só na fraternidade, mas, também, nas batalhas futebolísticas.
    Um forte abraço de Paz e Luz, putões-amigos!!
    Nos vemos em dezembro; se os Deuses permitirem....
    Até....

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  2. Como sem amarelar? Lutei bravamente para conseguir o único cartão amarelo em jogos oficiais na história do UH! E o mais impressionante: Consegui me antecipar ao Phillipe, que era certo de quebrar todo mundo primeiro.

    Derrubei o adversário com tanto afinco que ele até cuspiu a andorinha que estava na boca e agora não pode mais ostentar o apelido de "bigode".

    O que vale registrar dessa competição é que teve gente que tomou 15, 17 gols! E não foi o UH!!!!! QUE MILAGRE!!!!! QUE EVOLUÇÃO.

    Abraços,
    Renato.

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  3. Aos amigos e companheiros do UH, meus parabéns!
    Não tinha como jogar, infelizmente, devido ao meu vínculo com a Infoglobo, já que a ela pertencem os meus direitos federativos, mas fiquei muito feliz com que li aqui. Jogar uma partida, em um campeonato famoso como esse e terminar com um placar pau a pau, é uma evolução sim. Salve o espirito putão!

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  4. Okay!, pequeno-gafanhoto Nato, parabéns pelo seu pioneirismo anêmico!
    Pode deixar que, como prêmio, eu vou lhe arrumar uma vídeo-aula do Chuck Norris titulada "As artes-marciais no futebol: as vertentes putônicas"; beleza?!
    Novos abraços para todos os saudosos uagatianos!!
    Paz e Luz!!
    Até.... (dezembro? Assim espero....)

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