2 de julho de 2010

Uma derrota coerente - Day 22 e Day 23

Não deu. O Brasil deveria ter aprendido com Bruno. Não adianta dar só umas porradinhas, tem que fazer o serviço completo: baixar a madeira, queimar as roupas e esconder o corpo! Se tivesse feito isso no primeiro tempo, estaríamos comemorando uma grande vitória. Mas na primeira vez que pegou um adversário arrumado, a seleção abriu as pernas feito uma prostituta de vitrine holandesa. Num jogo em que até o tão decantado setor defensivo brasileiro falhou, voltamos pra casa com um gosto de laranja azeda na boca. Quer dizer, voltamos não, a seleção volta, porque eu continuo aqui até o final da Copa.


Pra tentar entender um pouco mais da Holanda, entrei num cursinho intensivo. Chamei alguns amigos do Defensores de Medelin e juntos experimentamos vários "becks". Outra que fez uma pós-graduação em Países Baixos foi Dany Fikkada que, tal como uma típica holandesa, já fez uns 15 abortos. Claro que só de pé-rapado, já que uma maria-chuteira profissa como ela nunca abortaria de um jogador. Já o nosso provecto comentarista Armando Pinto jamais chega perto da Holanda, visto que com a eutanásia liberada por lá, o risco de mandarem o coroa pro além na primeira cochilada é muito grande.

Gosta de Laranja? Vou te dar um saco pra você chupar

Brasileiros e holandeses têm muito mais em comum do que as prostitutas em cada esquina e os maconheiros pelas quebradas. Durante a época da colonização portuguesa, um famoso traficante holandês conhecido como Maurício de Nasal (que ganhou esse apelido devido às intermináveis carreiras de cocaína que cheirava) tomou várias bocas do nordeste, principalmente na região chamada de "polígono da maconha" em Pernambuco. Foi só graças a instalação de uma UPP (Unidade de Polícia Portuguesa) na região que o traficante foi expulso do Nordeste.

O primeiro tempo começou arrasador. Logo no início, um passe sensacional de Felipe Melo deixou Robinho na cara do gol pra marcar o seu. Além disso, jogadas espetaculares e uma pressão que não dava espaços para Holanda, davam a certeza que o Brasil ia passar com imensa facilidade. Aliás, se o primeiro tempo terminasse com 2 ou 3 a 0 para a seleção, estaria muito justo, pelo futebol apresentado.

A culpa é dessa bicha velha, que já tinha sido pé-frio torcendo para Inglaterra e EUA e hoje estava torcendo para o Brasil.

Mas aí veio o segundo tempo e não sei porque eu lembrei muito do UH. Sabe aquela "Síndrome do Apagão" que costuma dar nos putões do Universidad, que acabam perdendo jogos fáceis? Pois é, o Brasil sofreu desse mal no segundo tempo da partida. Depois do primeiro gol, contra de Felipe Melo numa falha de Júlio César, a seleção ficou totalmente abalada, como se não fosse mais possível tentar nada. A Holanda, que não havia se abatido nem m quando perdia o jogo, partiu pra cima, e em um outro lance bobo de cruzamento, Sneidjer marcou e definiu. A partir daí, era só questão de tempo até que Felipe Melo fizesse mais uma de suas felipemelices e aos 28 o volante-porrador foi expulso. E daí pra frente foi só festa dos doidões holandeses.

Felipe Melo acerta os Países Baixos de Robben

O brasileiro é humilde em tudo. Chega a ser um bunda-mole de tão passivo e modesto que é. Mas no futebol é diferente. É a única coisa que nos permite - com bons motivos, aliás - olhar qualquer outro país com soberba. Nossa arrogância não tem jeito, atinge desde os milionários entediados de 2006 até os "guerreiros" tomadores de cerveja de 2010. E não há problema nisso, desde que você tenha um time realmente excepcional, o que não é o caso. Um certo excesso de confiança impediu que ampliássemos o placar no primeiro tempo, e no segundo parecia que os jogadores não acreditavam que seria possível para aquele time - até então vitorioso - perder. Mas pegou uma seleção muito boa (ao contrário do que achavam muitos comentaristas) e deu no que deu. Dunga comprou uma briga com o mundo e agora vai ter que se virar pra lidar com isso. E já que ele achou que a seleção era dele, agora segura, malandro.

Na Holanda, a eutanásia é permitida em doentes incuráveis. Temos muito o que aprender com os holandeses...



Outro jogo de hoje:

Uruguai 1 x 1 Gana (pênaltis: 4 x 2)
Que me desculpem os atletas de outros esportes, mas só mesmo o futebol pra nos oferecer um jogo épico como esse. Uruguai e Gana fizeram uma partida sensacional e imprevisível, com um desfecho emocionante. Se mais cedo a laranjada teve um gosto azedo, agora, sem a obrigação de torcer, pude apreciar um dos finais mais sensacionais de todos os tempos. Com o jogo empatado em 1 a 1, Uruguai e Gana vão para uma tensa prorrogação e no último minuto, o uruguaio Suarez salva um gol certo de Gana com a mão. É expulso, mas antes de chegar até o vestiário, ainda vê o artilheiro Gyan perder o pênalti que colocaria pela primeira vez uma equipe africana numa semifinal. Na disputa dos pênaltis, brilhou a estrela do goleiro Muslera, que defendeu dois, e o inacreditável "Mucho Loco" Abreu, que deu uma cavadinha sensacional (de deixar o Bruno morrendo de inveja) e marcou o gol que colocou o Uruguai nas semifinais. Festa para os guerreiros camelôs da Uruguaiana e, porque não, festa em Negana também, que chegou longe, mesmo com um time limitado.

2 comentários:

  1. pois é rapaz... a melhor parte é o Galvão falando que "futebol é apenas futebol"
    Quem diria!!!!!

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  2. Porra Galvão não disse que o Mike mouse Jeger iria dar sorte pro Brasil será que ele é burro ou tá dando pro Jeger?

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