Espanha 1 x 0 Alemanha
Esse time da Espanha é mesmo impressionante. Chegou a Copa como favoritíssima, dona de um ataque envolvente, um toque de bola refinado, todo mundo achando que ia ser goleada atrás de goleada. Aí perdeu logo de cara para a Suíça e todo mundo começou a falar mal. Depois disso, se recuperou, mas sempre vencendo por um a zero, no sufoco, fazendo o mundo pensar que essa Fúria estava muito calminha. Quando ficou decidido que enfrentariam a Alemanha na semifinal, tive certeza que Ozil, Schweinsteiger, Klose e cia. iam aplicar um sapeca-iaiá que iam fazer os conterrâneos de Almodóvar voltarem correndo para tratarem de seus lombos em Ibiza. Mas o que se viu foi uma verdadeira surra da Espanha, senão no placar, pelo menos no domínio do jogo. Desde o Tratado de Versalhes a Alemanha não era humilhada dessa forma. Com o time todo atrás esperando um contra-ataque que nunca vinha, a rapaziada do chucrute foi engolida pelos voluptuosos toureiros merengues. Dessa vez, o artilheiro Villa Mimosa passou em branco, mas uma cabeçada fulminante do Puyol, com aquela cabeleira de 1975, definiu a parada. E o time ainda tem o menino Pedro, que perdeu um gol por puro preciosismo, Alonso e Piqué, que dão velocidade ao time... No banco, apesar de a Alemanha contar com Mário Gomes, que já interpretou um jogador de futebol, a Espanha conta com Fernando Torres que é muito melhor como ator do que o cenourinha. Enfim, a espanhola chega à final com méritos. E vai ter a chance única de apagar de vez a fama de amarelona, justamente contra a laranja.