O massacre da Serra

Depois dos terremotos, tsunamis e avalanches, o planeta conheceu hoje uma nova modalidade de hecatombe. Cientistas do mundo inteiro ainda estão estarrecidos com o poder de fogo dessa nova força da natureza que, assim como as catástrofes acima, deixa um rastro de destruição por onde passa. Não, nós não estamos falando do vulcão de Krakatoa, do furacão Katrina ou do holocausto dos judeus, mas sim do Universidad Histórica, que subiu até Petrópolis e aplicou uma estrondosa surra no Tigres da Serra, que está até agora tentando entender o que aconteceu.

O clima para a partida durante as últimas semanas deixava claro que o jogo prometia fortes emoções. De um lado, o consagrado Universidad, uma das marcas mais conhecidas do planeta. Do outro, o Tigres da Serra, estreando no mundo do futebol, jogando em casa e com o apoio da torcida. Durante toda a semana, provocações de ambos os lados apimentavam a partida e deixavam em polvorosa os fãs das duas equipes. Além disso, duas importantes novidades motivavam ainda mais o UH: primeiro, a tão aguardada estreia do novo uniforme, com o patrocínio da Macho Produções; e segundo, a apresentação do bandeirão do UH. Nas cores do escrete putão, a bandeira foi confeccionada com amor pela mãe do craque Thiago, Dona Glória, que exigiu como pagamento a vitória do Universidad.


E o UH partiu rumo à Serra (com o atraso habitual na hora da partida). Chegando na aprazível Petrópolis, os putões do Universidad rumaram para a concentração, no Hotel Recanto dos Tristes, um complexo com piscina, churrasqueira, restaurante e campo de futebol. Após o almoço, numa sala reservado ao UH, tivemos a palestra emocionante do técnico Leandro, lembrando aos jogadores a importância daquele duelo. A estrutura do hotel era tão boa que Bob Jef resolveu fazer o jogo ali mesmo. Mas graças a uma artimanha do Tigres, o UH não pôde realizar ali a partida e o time acabou seguindo para o Estádio Municipal D. Pedro II, mais conhecido como “Jaula do Tigre”. Ali, no alçapão do adversário, com a torcida berrando no alambrado junto ao gramado, os tigrinos acharam que poderiam surpreender o Universidad. Ledo engano.

Relaxando na concentração antes da partida

As idas e vindas em Petrópolis, em vez de desestabilizarem a equipe, acabaram inflamando ainda mais os já supermotivados atletas do UH. Iniciando o jogo com força máxima, o Universidad atropelou os adversários, que acusaram o golpe. Após o primeiro gol, de Renato Doroteia, o que se viu foi uma verdadeira máquina em campo. Os dribles, tabelas, jogadas e gols saíam em quantidade assustadora. Luciano, verdadeira fera em campo, marcou um golaço e toda hora deixava alguém na cara do gol. Renato Doroteia, combinando força e habilidade, levava ao desespero a zaga do Tigres com suas bombas para o gol. Na meiúca, Coruja incendiava a torcida com dribles curtos e passes milimétricos. Na zaga, Roberto inspirava segurança e tranqüilidade. Quando o Tigres se deu conta, já estava 4 a 0. Mesmo com o primeiro gol dos serranos, o “carrossel putão”, como vem sendo chamado esse time, não parou de atacar. As acertadas mexidas no time promovidas pelo técnico Leandro mantinham o alto nível do espetáculo, e os gols não paravam de sair. Fim do primeiro tempo, 8 a 2 para o UH.

Futebol total

Veio o segundo tempo e o Universidad entrou em campo com um ritmo mais lento. O Tigres se aproveitou e chegava com mais perigo ao ataque. As muitas substituições faziam com que os jogadores descansassem, mas levou o time a uma certa indefinição quanto ao posicionamento. Mesmo assim, as jogadas saíam com facilidade. Gustavo foi um leão na zaga, Nelson, mesmo fora de forma, incomodou os adversários e Fábio mostrou a velha velocidade e foi sempre perigoso no ataque. Final de jogo, 11 a 5 para o UH. O bandeirão e o novo uniforme mostraram que dão sorte. Com todos tendo grandes atuações, a equipe saiu com mais uma vitória, dessa vez, arrasadora, e na casa do adversário. É esse o Universidad que a torcida quer e merece. É esse o espírito putão!

Bandeirão pé-quente


Tigres da Serra 5 x 11 Universidad Histórica

Gols do UH: Luciano (3), Renato (3), Coruja (2), Renato Doroteia, Fábio e Nelson
Gols do Tigres: Fernando (2), Guilherme (2) e Igor

Notas

Paulo - Fez grandes defesas, mas falhou em dois gols, nada que comprometesse sua atuação e seu prestígio com a torcida. Mostrou-se muito bem na linha, salvando a defesa e dando passe para gol. Nota 7

Roberto - Mesmo sendo mais discreto que em outras ocasiões, demonstrou a grande fase que atravassa. Calou a boca dos que criticavam seu individualismo distribuindo bem as jogadas e passando mais a bola, e ainda acertou uma bomba na trave. Nota 8,5

Coruja - Grande atuação. Dribles curtos desconcertantes, muita habilidade no meio-campo e precisão nas conclusões. Nota 9

Renato Doroteia - Mesmo sem estar 100% fisicamente por uma lesão no pé, esbanjou força e habilidade. Abriu o placar e ameaçou muito com seus chutes fortes. Nota 9

Luciano - O nome do jogo. Logo nos primeiros lances já mostrou a que veio, driblando, tabelando e arriscando muito. Levou os adversários à loucura com jogadas de rara habilidade. Além disso, marcou três golaços. Nota 10

Renato - Mesmo perdendo muitos gols, mostrou o velho faro de artilheiro, marcando três vezes. Cansou um pouco no fim. Nota 8

Fábio - O "filho do vento" usou com inteligência sua principal característica, a velocidade. Sempre presente nas jogadas de ataque, foi uma referência na frente e ainda marcou um. Nota 9

Nelson - Ainda sentindo o longo tempo de inatividade, foi lento em algumas ocasiões. Formou com Fábio uma perigosa dupla de ataque, e conseguiu deixar o seu. Nota 7

Thiago - Entrou meio perdido em campo e durante muito tempo não tocou na bola. Quando acertou o posicionamento, foi melhor. Nota 6

Belídio - Guerreiro como sempre, acreditou em todas as bolas. Jogou com seriedade e conseguiu segurar bem o ataque do Tigres. Nota 8

Mário - Atuando na zaga, deixou alguns espaços, mas conseguiu se sair bem, salvando bolas importantes. No gol, não comprometeu. Nota 7

Gustavo - Surpreendeu a todos com uma bela atuação. Tirou várias bolas na defesa e ainda se arriscou no ataque. Nota 7,5

Técnico
Leandro - Mostrou-se ousado no primeiro tempo, iniciando com uma formação ofensiva e fazendo substituições precisas. No segundo tempo, precisando trocar mais constantemente, deixou o time ficar sem posicionamento. Nota 8

Fazendo uma boquinha antes de almoçar carne de tigre

Analisando as opções táticas

É o bandeirão mais bonito do Brasil!

Pra intimidar os adversários

Bob Jef em três momentos: com seus pupilos Nelson e Coruja...

...com o parceiro Kalifa...

...e com sua fiel escudeira, a cervejinha.

Porque a torcida do UH está presente em todos os lugares

Ele está levando a sério a brincadeira do "Mário Coiffeur"

O Greenpeace vai processar o UH pela caça predatória ao tigre da serra

Time de guerreiros

Todas as fotos aqui

Vídeos