De volta para o futuro

A carreira de jogador de futebol é curta, tirando as do Maradona, do Jardel e do Jóbson. Na maioria das vezes, o aspirante a atleta larga os estudos muito cedo para se dedicar ao esporte e quando pendura as chuteiras fica sem saber o que fazer. Frequentemente, acompanhamos pela imprensa o drama de alguns ex-jogadores que, ao abandonarem a vida de farras, mulheres e dinheiro, veem-se largados a própria sorte, sem amigos, com problemas de saúde, dívidas e todo tipo de infortúnio. Diante desse quadro, uma pergunta não quer calar: o que acontecerá com os jogadores do Universidad quando encerrarem suas vitoriosas carreiras?

Washington, Garrincha e Heleno de Freitas: problemas ao largar o futebol

Mostrando que está sempre um passo à frente dos demais veículos de comunicação, o Blog fez uma viagem no tempo para, em vez de relembrar o passado dos jogadores, mostrar como será o futuro dos atletas putões. Com a ajuda do astrólogo oficial do Universidad, o craque Alexandre, a nossa viagem vai até o ano de 2030 para saber o que aconteceu (ou acontecerá) com nossos craques:


domingo, 6 de janeiro de 2030

Por onde andam os craques fundadores do UH?

No final de 2029, o Universidad Histórica conquistou pela terceira vez o título do Mundial de Clubes da FIFA. A equipe, liderada pelos craques Kakazinho e Beckham Junior conseguiu despachar o Manchester United, com uma atuação vibrante, pelo placar de 3x0. Todos no Brasil festejaram o título, sobretudo a torcida do UH, que a cada dia cresce mais e hoje, mesmo o clube tendo apenas 25 anos, já é a terceira maior do país. Mas quem vê esse período de glórias do escrete putão não imagina a dificuldade que os pioneiros do Universidad tiveram nos primórdios do clube. Os primeiros 5 anos do time foram marcados por uma série de derrotas humilhantes e fracassos retumbantes. Mas graças ao esforço dos jogadores, à competência da diretoria e à paciência da torcida o Universidad conseguiu superar essa fase tenebrosa e encontrou os rumos da vitória. E agora o Blog quer saber: por onde andam os heróis fundadores do UH? Confira abaixo:

Roberto
Capitão da equipe nos primeiros anos, dividia-se entre os jogos do UH e a atividade de braço-direito de um notório milionário cuja origem da fortuna era obscura. Envolvido com traficantes de armas russos, foi preso na Turquia há 17 anos. Até hoje a embaixada brasileira não sabe onde ele se encontra.

Marco Medor
Habilidoso meio-campo do Universidad e michê nas horas vagas, Marco conheceu o submundo das drogas e da prostituição. Passando o inferno em vida, entrou para uma igreja evangélica e, depois de aceitar Jesus, passa os dias a pregar a palavra de Cristo e agora é conhecido como Pastor Marco Vertido.

Gustavo Triste
Sua carreira de jogador foi curta, para o bem da torcida. Problemas com o vício do cigarro acabaram por abreviá-la. Mas ao largar o futebol acabou encontrando uma rentável ocupação: hoje é modelo fotográfico, estampando o verso dos maços de cigarro Marlboro.

Will
O "bom selvagem" do time. Índio, nunca se adaptou totalmente à vida louca do homem branco. Largou o casamento com Thaís ao reencontrar um antigo amor amazônico chamado Dieguison e fugiu com ele de volta para a floresta. Segundo uma lenda indígena, agora os dois se transformaram no boto cor-de-rosa-com-lacinho-na-cintura e passam as noites navegando pelo Rio Amazonas.

Leandro
Seguidas contusões no joelho acabaram com sua carreira. Tentou fazer parte do corpo cavernoso jurídico do UH, mas não conseguiu passar na prova da OAB. Continua a carreira de músico e hoje percorre os bares da cidade com sua banda, formada ainda pelos ex-UHs Renato Dorotéia, Leandrão e Raquel cantando sucessos como "Papel marchê", "Um pedaço de Saigon" e "Whisky a go-go".

Thiago
Vendeu o Blog para o Google por 700 milhões de reais (antiga moeda brasileira) e gastou metade do dinheiro com bebidas, mulheres e festas. A outra metade gastou só com coisa que não presta. Funcionário público, conseguiu ser demitido por vagabundagem.

Renato
Conhecido na época como "o artilheiro dos gols bonitos", depois que largou o futebol integrou o corpo cavernoso jurídico do clube. Abandonou seu cargo no UH para se tornar advogado do traficante Cauãzinho da Nova Rocinha. Recentemente foi preso, acusado de entrar na cadeia carregando em determinada parte de sua anatomia (mais precisamente lá onde o sol não bate) três celulares, dois rádios, um laptop, quatro garrafas de whisky e cinco quilos de cocaína.

Paulo
Braço direito do Kalifa na Macho Produções (primeiro patrocinador do UH, antes da Unilever e da Samsung), acabou passando a perna em seu patrão e comprou a produtora de vídeo, tornando-se um grande empresário do ramo do entretenimento. No entanto, foi jurado de morte pelo Kalifa e vive escondido para não ser morto por algum fundamentalista islâmico. Recentemente, adquiriu uma falida emissora de TV chamada Globo.

Vini
Um dos primeiros jogadores a serem negociados pelo UH, transferiu-se para o Real Palmas, voltando ao Universidad para encerrar a carreira. Jornalista, hoje trabalha na seção de fofocas do maior jornal do Brasil, o Meia-Hora, entrevistando subcelebridades, como a Mulher-Soja-Transgênica e os participantes do BBB 30.

Rafael Belídio
Conhecido como "Guerreiro", possuía muita raça e disposição. Teve um final trágico: após armar uma confusão devido a um pênalti não marcado num jogo contra o Peñarol do Uruguai, na primeira Libertadores disputada pelo UH, acabou sendo morto pelos torcedores rivais na saída do estádio. Em sua memória foi erguido um busto seu em frente à sede do clube. Na verdade, era para ser uma estátua de corpo inteiro, mas gastaram todo o bronze só para fazer a cabeça e o nariz.

Coruja
Meio campo de muito talento, jogou a carreira fora devido ao incontrolável vício do pôquer. Envolveu-se no escândalo das arbitragens com a manipulação de resultados de jogos para sites de aposta. Hoje, vive numa boa. Numa boa de uma merda, percorrendo os botecos pés-sujos da cidade aplicando pequenos golpes.

Emerson
Jogador muito habilidoso, chegou a ser comparado na época com Garrincha. Não pela habilidade, mas pelo fato de ter 11 filhos de 8 mulheres diferentes. Hoje, possui uma escolinha na Vila do João, onde treina seus pimpolhos para seguir os passos do pai.

Fábio Bolt
Conhecido na época como "o filho-do-vento", largou cedo a carreira de jogador para se dedicar ao atletismo. Foi o grande destaque das Olimpíadas 2016, faturando nove medalhas de ouro. No entanto, na ânsia por resultados cada vez mais expressivos, começou a tomar esteróides anabolizantes, o que fez crescer seus mamilos e o obrigou a amputar os testículos, o que diminuiu consideravelmente sua masculinidade. Pego no antidoping, ganha a vida como travesti na praça do Ó.

Celso
Problemas com o peso abreviaram sua carreira. Hoje, baixinho, careca e barrigudo, depois de tentar inúmeras profissões, está tentando voltar a ser porrador de tae-kwon-do. Vai se formar em História no fim do ano.

Alexandre
Depois do UH, emplacou uma carreira musical de sucesso com a irmã na dupla Paula & Alexandre. Tentando sair da sombra dela, desfez a dupla e segue em carreira solo. Frequentemente vai a imprensa desmentir os boatos de que é gay.

Márcio
Abandonou o UH cedo para se tornar paparazzo. Envolveu-se num acidente automobilístico quando perseguia a princesa Carolina de Mônaco quando esta vinha tendo um caso com o Kalifa. A princesa acabou morta no acidente e Márcio foi condenado. Hoje é o fotógrafo oficial do traficante Cauãzinho da Nova Rocinha no presídio Bangu 27.

Nelson
Atormentado por uma eterna contusão, abandonou o futebol. Mergulhado numa depressão e com enormes dívidas de pôquer, resolveu assumir o posto deixado por Marco Medor quando este se converteu e, valendo-se do seu enorme traseiro, ganha a vida como travesti. Adotou a identidade secreta de Mulher-Soja-Transgênica.

Manguaça
Um dos jogadores mais criticados do elenco, deu a volta por cima depois de pendurar as chuteiras. Após uma rápida carreira como sambista, tornou-se uma megaempresário do ramo imobiliário. Sua firma, a Manguaça Empreendimentos foi a responsável pela criação do Condomínio Parque dos Putões, na antiga Vila MIlitar onde funcionava o Cogal, primeiro estádio do Universidad.

Jorge
Preparador físico do time, trabalhou pouco com o UH. Depois de ser capitão do BOPE, tentou a vida como caminhoneiro, domador de leões e lenhador. Hoje percorre o mundo como caçador de tubarões. Tem 12 filhos, 5 mulheres, dirige uma pick up Dodge Ram e é conhecido como o "Chuck Norris de Acari".

Marcelão
Ex-técnico do time, envolveu-se num escândalo sexual com uma aluna de 17 anos num colégio em Itaboraí. Condenado, passou a maior parte do tempo na cadeia isolado, pelos abusos sexuais que cometia contra os presos recém-chegados. Transferido para um manicômio judiciário, o hoje senil Marcelão passa seu tempo bolinando as enfermeiras.

A torcida
Thaís entrou em depressão ao ser trocada por Dieguison e, como advogada, processou o Universidad, alegando que o clube foi o responsável pelo desvio de conduta sexual do marido. Só retirou a acusação depois que se tornou a 54° esposa do Kalifa. Bethânia, após se tornar a 63° esposa do Kalifa, aproveitou a fama e a influência no Palácio Laranjeiras e com o apoio de Bob Jef tornou-se governadora do Rio de Janeiro. Aretha, 72° esposa do Kalifa, largou a presidência da Fiocruz para se dedicar aos 5 filhos e levar uma vida simples de dona-de-casa. Amanda, 77° esposa do Kalifa, tornou-se uma renomada investidora financeira, mas após a queda da bolsa de Dubai em 2026 (devido a um boato sobre uma suposta morte do Kalifa), perdeu todo seu dinheiro e hoje trabalha numa livraria num shopping. Suelen não se tornou esposa do Kalifa, apesar das investidas do investidor. Hoje leva uma vida modesta como professora de História na favela da Nova Rocinha e tem que aturar os filhos do traficante Cauãzinho enfiando o dedo na sua cara e dizendo que vão matá-la se não passarem de ano. Seu marido, Frank, o "artilheiro apaixonado", ganha a vida como barman, mas deprimido com o fim de sua carreira no futebol, acaba bebendo mais do que servindo. Yalla, 80° esposa do Kalifa, mudou-se com o marido para Dubai, mas sofre de abstinência alcooólica cada vez que se aproxima o Ramadã, já que nesse mês os muçulmanos não podem encher o pote. Em compensação, quando volta ao Brasil, sempre comemora o "Ramalhã", um mês sagrado criado por seu pai, Seu Ramalhão, durante o qual não é permitido ficar sóbrio.

Kalifa
O mega-hiper-ultra-arqui-investidor árabe, patrocinador do UH, continuou sua crescente escalada de fama, dinheiro e poder. Em 2017, descobriu petróleo em Marte; em 2019, casou-se com Sasha Meneghel, sua 85° esposa; em 2022, teve seu nome envolvido no atentado que destruiu a Estátua da Liberdade do New York City Center na Barra da Tijuca, atribuído a Al-Qaeda; após ter destruído e reconstruído Dubai 7 vezes, criou Khalifai, a cidade mais moderna do mundo, onde conseguiu até fazer nevar em pleno Oriente Médio. Eleito pela Forbes o homem mais poderoso e influente de todos os tempos, superando popstars como Ghandi, Maomé e Jesus, o Kalifa cansou-se de tanto luxo e ostentação e hoje tem uma vida simples: tem só 126 esposas, 849 carros de luxo e vive num pequeno casebre chamado Taj Mahal.

Bob Jef
Em 2010, Bob Jef era o presidente-sem-honra do UH e deputado federal. Disputou as eleições nesse mesmo ano para senador, e eleito, envolveu-se numa série de escândalos, como a troca de votos por ingressos para jogos do UH e o desvio de verbas durante a construção do Putãozão, o estádio do Universidad com capacidade para 150 mil pessoas. Nada disso, no entanto, impediu que sonhasse com voos cada vez mais altos. Em 2022 foi eleito presidente do Brasil e após quatro anos de mandato transferiu seu título de eleitor para os Estados Unidos, onde planeja se candidatar à Casa Branca.