6 de agosto de 2009

"Pai, você foi meu herói, meu bandido..."


Está se aproximando o dia de comemorar a existência de alguém primordial em nossas vidas. Afinal de contas, quando o bebê está chorando, quem é a pessoa que acorda e vai dar de mamar para a criança? Tá legal, é a mãe. Mas e quando o menino faz bagunça na escola, quem é que vai conversar com o diretor pra liberar o moleque? A mãe também. Tá difícil... E quem é que após um dia cansado de trabalho ainda encontra forças pra ajudar o filho-anta no dever de casa? A mãe de novo. Ah, agora eu quero ver: quem é que leva o filho pro futebol? Hein? Hein? Ahá, eu sabia, esse cara tinha que servir pra alguma coisa. É claro que é o pai, esse ser muitas vezes incompreendido e desvalorizado, mas fundamental na formação de nós mesmos enquanto pessoas.


Um belo dia estávamos lá, de boresta, literalmente coçando o saco naquele lugar escroto que é o saco do nosso pai e, de repente, chuááááá, fomos levados pela correnteza para um mar de incertezas: ainda não sabíamos se encontraríamos com uma amídala, ou um intestino, ou o que é pior, se iríamos de encontro ao teto ou acabaríamos servindo de cola para as páginas de alguma revista da Sônia Braga ou da Vera Fischer. Mas, tal qual um Michael Phelps, nadamos alucinados deixando 200 milhões de irmãos para trás até que encontramos o óvul
o e aí o resto vocês já sabem: o pai é deixado em segundo plano e todas as atenções se voltam para a nossa mamãe.

O milagre da vida

Mas se tem um momento em que pai e filho estão mais próximos, esse momento é o futebol. Você, torcedor ou atleta do Universidad, deve se lembrar da emoção que sentiu quando seu pai o levou pela primeira vez para assis
tir um jogo do UH no Aterro, no Sargentão ou no Cogal; garanto que ainda guarda com carinho aquela camisa infantil nas cores azul, branca e preta que o seu pai lhe deu; e não duvido nada que uma lágrima furtiva escape dos seus olhos quando se lembra de seu pai colocando você nos ombros em cima do alambrado para conseguir um autógrafo de algum craque num treino do UH. Sim, muito provavelmente foi seu pai que plantou em você a semente da paixão pelo Universidad, o que por si só já é um bom motivo pra você fugir de casa, tirar o sobrenome dele do seu nome e nunca mais lhe dirigir a palavra. Pô, mas o coroa tinha boa intenção, o time é que não ajuda.


Então, filho, não se prenda a detalhes mundanos como a pensão de 85 mil reais que o seu pai não paga há seis meses; esqueça aquela vez em que ele ameaçou pôr você pra fora de casa quando viu uma foto sua na Parada Gay; finja que não foram para você aquelas palavras duras que ele disse quando você pegou escondido o carro zerinho dele e jogou contra um poste. Domingo, dê um abraço apertado em seu velho. E quando ele estiver bem sentimental, aproveite e peça emprestado 50 contos pro próximo churrasco do UH!

Sarney? Eurico? Nelson Rodrigues? Pereio? Uma mistura dos quatros? Quem será o pai de Bob Jef?



Feliz Dia dos Pais!

2 comentários:

  1. eu achei tão linda a foto do bob jef, e do bob jefinho!!!

    Bethânia

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  2. ta foda... aposto no Sarney com Eurico.

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