D2 mas mantenha o respeito

Dizem que a paisagem mais bonita de Niterói é a vista privilegiada que se tem para o Rio de Janeiro. Pois neste sábado, o Universidad tratou de deixar a cidade de Araribóia, Bethânia e Dedé Santana um pouco mais bonita, levando para lá o futebol-moleque, o futebol-arte, o futebol-bailarino, tão característico do UH. Mas apesar do esforço do time, o UH acabou perdendo para o Defensores de Medelin por 9 a 6, terminando com a invencibilidade de uma partida do Universidad.

Engarrafamento no Ponte: é a torcida do UH invadindo Niterói

A expectativa para a partida era grande. Seria o primeiro duelo do Universidad contra uma equipe formada por estudantes de História. Também seria o primeiro jogo de Danilo contra o seu ex-clube. Por fim, as provocações de ambos os lados durante a semana prometiam um jogo quente. E por parte do UH, a mobilização foi enorme. Dez jogadores e várias caravanas chegando a Niterói, num episódio que lembrou muito a "Invasão corintiana" de 1975 e que já está sendo chamado pela imprensa de "Invasão putona". Ao Defensores (que antes se chamava Internacional e mudou de nome no dia do jogo) restava a vantagem de jogar em casa e conhecer os atalhos do campo, o Fumação.

Mesmo jogando em casa, a torcida do Defensores não conseguiu ser maioria no estádio

Começou a partida e tudo levava a crer que o Universidad ia comprovar sua boa fase com mais uma grande exibição. Com um esquema ofensivo e uma boa marcação, o UH chegou com facilidade ao primeiro gol, por sinal, golaço de Mário. E mesmo após o gol de empate, o Universidad não parou, partiu pra cima e desempatou. A partir daí, as constantes trocas desestabilizaram o time, que sofreu um apagão. Gol atrás de gol, o Defensores ia tomando conta da partida e colocando na roda os jogadores do UH. Além disso, a partida começou a ficar nervosa, com discussões e provocações de ambos os lados. Fim do primeiro tempo, 6 a 2 pra o Defensores.

Veio o segundo tempo e a bronca no vestiário parece ter surtido efeito. O UH entrou em quadra com a formação ofensiva e corrigindo os erros de posicionamento, cheio de disposição para correr atrás do resultado. E os gols foram surgindo, trazendo esperança para a torcida. Mas algumas falhas individuais prejudicaram a reação do time. Final de partida, 9 a 6 para o Defensores. Após o jogo, ainda rolou uma brincadeira, com times misturados, onde não foram poucas as boas jogadas e os belos gols. A pergunta que fica é: porque não dá pra jogar bonito quando o jogo é pra valer?

Notas

Roberto - Bem em alguns lances, falhou em jogadas cruciais, quando o time estava reagindo. Deixou a quadra reclamando que não quer mais a posição de goleiro. Nota 4

Thiago - Apagado a maior parte do tempo, roubou algumas bolas e só. Na brincadeira pós-jogo, mostrou frieza numa bela conclusão ao gol. Nota 5

Mário Benoni - Um belo gol no início da partida. Caiu de produção junto com o time, limitando a chutar a gol sem direção. Nota 5

Leandro - Lento em alguns lances, deixou os atacantes se precipitarem nas jogadas. Nota 4

Emerson - Tentou dar alguma lucidez ao time, mas sentiu falta de alguém para dialogar no meio-campo. Nota 7

Renato Dorotéia - Boa presença no meio e perigoso no ataque, sempre buscando o gol. Nota 7

Renato Trindade - Mostrou bom rendimento no ataque, fazendo um belo gol de quase-letra. Nota 7

Paulo - Correu bastante, mas ainda se atrapalha em lances simples. Arriscou com belos chutes e mandou um lindo no travessão. Nota 6

Manguaça - Estabanado e lento, perdeu jogadas importantes por displicência. Nota 3

Rafael Belídio - Entrou cheio de gás e deu outra cara ao time, pena que não havia mais tempo. Nota 7

Defensores de Medelin - O time entrou meio apagado, mas depois acendeu na partida, apertando a marcação e puxando contra-ataques. Destaque para o traíra Danilo e pro cara que jogou com a camisa da Roma.

Obs: As fotos não ficaram boas, mas tem um videozinho para a galera: